VO₂ Máximo: O Combustível da Longevidade
Capítulo 1 da Série “Por Dentro do Outlive”
Dr. Rafael Vinícius Otsuzi | Saúde 360°
“Ô mãe… deixa eu te contar uma coisa que eu aprendi esses dias, que eu achei tão importante… e na hora pensei na senhora.”
“Lá vem você com essas conversas, meu filho… mas pode falar, tô ouvindo…” — respondeu Cidinha, ajeitando a almofada, sentada na varanda.
“Sabe aquele livro que eu te falei? Outlive. É de um médico que fala sobre como a gente pode viver mais, mas viver bem, com saúde, com energia, sabe? Não é viver empurrando a vida… é viver com qualidade.”
“Hum… viver bem é bom, né… mas como faz isso, Zé Pedro? Só rezando não dá, né…” — ela riu.

Zé Pedro sorriu e segurou a mão da mãe.
“Pois é, mãe… não é milagre, não. É escolha. E sabe o que mais me chamou atenção? Que uma das coisas mais importantes pra gente viver bem… não é só remédio, nem só alimentação… É cuidar do nosso fôlego.”
“Fôlego?” — Cidinha arqueou a sobrancelha, curiosa.
“Isso mesmo. Não precisa se preocupar com nome difícil, não… Lá ele chama de VO2 Máximo, mas, no fim das contas, é o quanto nosso corpo consegue usar bem o oxigênio. Quanto mais fôlego, mais força, mais disposição… e menos risco da gente ficar doente, dessas coisas de coração, derrame, essas coisas ruins.”
“Uai… e é só respirar bem, então?” — ela perguntou, apertando a mão dele.

Zé Pedro riu.
“Ah, se fosse assim, hein, mãe… Mas não, não é só isso, não. É se mexer, é caminhar, é não deixar o corpo parar. O que eu entendi, até agora, é que quem anda mais, quem sobe uma escada, quem se movimenta no dia a dia, já tá ajudando o coração a ficar mais forte.”
Ele respirou fundo, pensou um pouco, e falou, com um tom mais calmo:
“Mas olha, mãe… pra ser sincero, eu tô só começando a aprender isso, viu. Comecei agora. Tô até acompanhando o Saúde 360 no WhatsApp, que tá explicando direitinho esse negócio de saúde, de como viver mais e viver melhor. Acho que lá eu vou entender mais direitinho como fazer, sabe? Mas, pelo que eu já percebi, é isso: não deixar o corpo parado. O pouco que faz, já faz diferença.”
“Hummm… então não é coisa só de gente nova, não?” — ela ajeitou o chinelo, pensativa.
“De jeito nenhum, mãe. Pelo que eu entendi, vale pra todo mundo. E cada um começa de onde tá. É caminhar, levantar, se alongar, subir uns degrauzinhos… o importante é não parar. É cuidar do corpo pra ele não enferrujar.”
“Sabe que eu gostei, Zé… Eu fico aqui, achando que só tomar os remédios que o médico passa tá bom, mas pelo jeito tem coisa que eu mesma posso fazer, né…”
Ele sorriu, apertou a mão dela e respondeu com carinho:
“É isso, mãe. Remédio ajuda, claro… Mas quem se ajuda também, vive mais. E vive melhor. Bora começar devagar, uma voltinha no quarteirão… depois a gente vai aprendendo mais juntos.”
O que Zé Pedro estava tentando explicar para Cidinha
VO₂ Máximo é, literalmente, o combustível da sua longevidade.
Não é um número complicado para impressionar ninguém. É um dos preditores mais poderoso de como você vai envelhecer.
Sabe aquelas pessoas que você conhece que aos 70 anos sobem escadas sem cansar? Que brincam com netos no parque? Que viajam sem limitações?
Elas mantiveram um VO₂ alto.
E aquelas que aos 65 anos já vivem ofegantes? Que evitam caminhadas? Que dependem dos outros para atividades básicas?
Elas deixaram o VO₂ despencar.

Por que este número vale mais que qualquer exame de rotina
Peter Attia cita estudos que vão te chocar:
Pessoas com VO₂ alto vivem, em média, 5 anos a mais.
Mas não é só quantidade. É qualidade.
Um VO₂ elevado reduz em:
- 40% o risco de morte cardiovascular
- 35% o risco de câncer
- 45% o risco de demência
- 50% o risco de perda de autonomia
Lembra da conversa do Zé Pedro? “Quanto mais fôlego, mais força, mais disposição… e menos risco da gente ficar doente.”
Ele estava certo. Completamente certo.